Beltrami foi solto, veja abaixo a decisão do desembargador que
concedeu o habeas corpus, ele arrebentou com o delegado e com o juiz que
concedeu a prisão, ainda mandou retirar o nome do Beltrami da
investigação.
“Estão
brincando de investigar”. Essa foi apenas uma das frases bombásticas do
desembargador Paulo Rangel, na decisão que libertou, na noite de ontem,
o tenente-coronel Djalma Beltrami, comandante do 7º BPM (São Gonçalo).
Cerca de 40 horas antes, o oficial havia sido preso na Operação Dezembro
Negro, da Delegacia de Homicídios de Niterói, do Ministério Público e
da Corregedoria Geral Unificada.
Ele
era suspeito de receber propina do tráfico do Morro da Coruja, em São
Gonçalo. Na decisão que concedeu o habeas corpus a Beltrami, Rangel
desmoralizou tanto a investigação da DH, comandanda pelo delegado Alan
Luxardo, quanto o mandado de prisão, expedido pela 2ª Vara Criminal de
São Pedro da Aldeia.
Rangel
afirma que o juiz que expediu o mandado de prisão contra Beltrami se
deixou levar “pela maldade da autoridade policial que entendeu que ‘zero
um’ só pode ser o comandante do 7º Batalhão”. Mais adiante, diz: “A
versão da autoridade policial colocou, até então, um inocente na
cadeia”. E pergunta, referindo-se a Beltrami: “Quem irá reparar o mal
sofrido pelo paciente?”. O desembargador completa: “Investigação
policial não é brinquedo de polícia”.
Quando
recebeu a notícia de que o habeas corpus havia sido concedido, Beltrami
estava na sala do Departamento Geral de Pessoal (DGP), dentro do
Quartel-General da corporação, no Centro do Rio. Ele chorou e disse:
“Espero que a Justiça seja justa até o fim”, segundo um policial que
estava presente no momento.
Beltrami,
então, telefonou para a mãe e o filho. No início da madrugada, ele
deixou o quartel num carro particular com a defensora Cláudia Valéria
Taranto, que entrou com o pedido de habeas corpus.
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